RODA DE CONVERSAS- As Mãos Pensam

MESTRA – Parque D. Carlos I

Integrado na programação da MESTRA a Roda de Conversas As Mãos Pensam, com curadoria de Celeste Afonso, propõe-se como um espaço crítico, poético e político de reflexão sobre o artesanato, o saber-fazer manual e o papel do artesão na contemporaneidade.

A partir das Caldas da Rainha, Cidade Criativa da UNESCO no domínio do Artesanato e das Artes Populares, este ciclo afirma o papel pioneiro e plural da cidade na história do craft em Portugal.

Aqui, o artesanato é barro, é faiança, é azulejaria, mas também é bordado, renda frioleira, pedra, humor, crítica social, erotismo e gesto. Esta é também a cidade de Bordalo Pinheiro e do Zé Povinho, da Maria Paciência e das cerâmicas fálicas. O artesanato, nas Caldas, tem corpo e tem voz. Tem, por isso, pensamento. O ciclo parte da ideia de que o artesanato, mais do que um património a preservar, é uma linguagem viva, em transformação, com capacidade crítica, social e simbólica.

Pretende-se abrir espaço para escutar artesãos, pensadores, criadores, investigadores, através de conversas acessíveis, mas rigorosas, que permitam ao público pensar o presente e o futuro do fazer manual.

21 de junho | 11h00
As Mãos Pensam – O Artesão é Marca e Matriz
Com Carlos Coelho (Ivity / OCCA)

O artesão é muito mais do que executor de objetos: é criador de sentido, guardião de identidade e autor de uma linguagem que atravessa o tempo. Nesta conversa com Carlos Coelho, especialista em branding e fundador da OCCA – Oficina do Olival Contemporary Arts, partimos da figura do artesão para refletir sobre como o fazer manual pode transformar-se em narrativa cultural, em imagem de país, em matriz simbólica coletiva. Com uma longa trajetória na construção da marca Portugal, Carlos Coelho convida-nos a olhar o artesanato não como apêndice cultural, mas como matéria-prima de futuro, onde tradição, autenticidade e inovação convergem. Nesta conversa, o artesão não é apenas quem faz: é quem dá nome e rosto ao que somos.